O deputado federal Eduardo Bolsonaro manifestou preocupação com a possibilidade de ter seu passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o que o impediria de viajar aos Estados Unidos. A decisão foi solicitada por parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT), que acusam o deputado de praticar crimes contra a soberania nacional ao criticar o governo brasileiro em suas viagens ao exterior. Bolsonaro acredita que a medida é parte de uma estratégia política para dificultar sua atuação, especialmente na presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Em suas declarações, Bolsonaro afirmou que seu trabalho no exterior se limita a expor questões internas do Brasil, como o ataque ao governo Bolsonaro e a prisão de figuras políticas ligadas ao ex-presidente. Ele também destacou que seu foco está em denunciar supostas violações da liberdade de expressão e interferências externas nas questões políticas do Brasil, incluindo alegações sobre o envolvimento de autoridades dos EUA nas eleições de 2022. Sua crítica também se estende a decisões do STF, especialmente sobre a remoção de publicações nas redes sociais e o bloqueio de plataformas como o Rumble.
Recentemente, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e uma comissão da Câmara dos Representantes norte-americana criticaram a atuação do Brasil, apontando preocupações sobre a liberdade de expressão e a censura nas redes sociais. Em resposta, o governo brasileiro acusou os EUA de distorcerem as decisões judiciais do STF, gerando tensões diplomáticas entre os dois países. A situação reflete a crescente polarização política interna e as complexas relações internacionais envolvendo a atual administração brasileira.