A deputada federal Érika Hilton (Psol-SP) fez uma denúncia formal contra o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, por racismo, após declarações dele que geraram grande repercussão. Em uma publicação nas redes sociais, Hilton afirmou que havia levado o caso à Justiça Federal e ao Ministério das Relações Exteriores, pedindo que Domínguez fosse declarado persona non grata no Brasil. As falas do dirigente ocorreram durante a cerimônia de sorteio dos grupos da Copa Libertadores da América, quando ele comparou a competição sem os times brasileiros a uma situação fictícia envolvendo personagens populares.
O comentário de Domínguez, que afirmou que a Libertadores sem os clubes brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”, gerou protestos imediatos, com várias críticas apontando para a falta de sensibilidade racial da expressão. O presidente da Conmebol se desculpou, afirmando que não tinha a intenção de ofender ninguém, e reiterou seu compromisso em promover um futebol sem discriminação. No entanto, o governo brasileiro repudiou veementemente as palavras, cobrando uma postura mais firme da Confederação Sul-Americana de Futebol no combate ao racismo dentro das competições.
A polêmica se intensificou no contexto de recentes incidentes racistas em partidas da Conmebol, como a punição ao clube Cerro Porteño, que havia sido acusado de gestos racistas contra um jogador do Palmeiras. As autoridades brasileiras criticaram a falta de ações concretas para combater o racismo no futebol, destacando a necessidade de medidas mais eficazes para responsabilizar os envolvidos e prevenir novas agressões. A denúncia de Hilton se soma a um crescente movimento de cobrança por mudanças nas atitudes e políticas da Conmebol em relação ao racismo.