No Senado dos Estados Unidos, um grupo de dez democratas se alinhou com os republicanos para aprovar um projeto de financiamento de seis meses, evitando uma paralisação do governo em um momento crítico. Essa decisão causou divisão dentro do partido, já que a maioria dos democratas se opôs à medida, vendo-a como uma concessão excessiva às políticas do presidente Donald Trump e ao Congresso controlado pelos republicanos. A medida, que também passou pela Câmara dos Representantes, foi apresentada como uma proposta definitiva e foi aprovada com 62 votos a favor e 38 contra.
Entre os democratas que apoiaram o projeto estavam figuras proeminentes, como o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, e os senadores John Fetterman e Catherine Cortez Masto. A aprovação do projeto foi vista como uma tentativa de evitar que uma paralisação beneficiasse ainda mais o presidente Trump, o que motivou alguns a romperem com a linha mais progressista do partido. No entanto, críticos destacaram que a proposta concedia ao presidente poder ampliado para reprogramar recursos financeiros sem a intervenção judicial, o que gerou um forte descontentamento entre os opositores.
Além das implicações políticas internas, a medida também envolvia cortes orçamentários significativos, como uma redução de 1,1 bilhão de dólares no orçamento de Washington, D.C. Apesar da retaliação dentro do partido, a aprovação garantiu que o governo federal se mantivesse funcionando até setembro, evitando o impacto de uma paralisação. No entanto, a revolta entre os democratas, especialmente os mais progressistas, pode ter repercussões futuras para o líder Schumer, à medida que crescem as críticas sobre sua postura negociadora com os republicanos.