Dez membros do Partido Democrata se uniram aos republicanos para censurar o deputado Al Green após ele interromper o discurso do presidente Donald Trump no Congresso. O protesto, realizado durante o discurso de Trump sobre o Estado da União, gerou uma divisão dentro do Partido Democrata, que ainda busca uma estratégia unificada contra a administração do presidente. A votação de censura, que contou com 224 votos a favor e 198 contra, reflete o dilema de como os democratas devem se posicionar frente às ações de Trump, com alguns optando por protestos mais visíveis e outros por uma postura mais contida.
O comportamento de Green foi amplamente criticado por alguns de seus colegas de partido, que alegaram que suas ações desviaram a atenção de questões mais urgentes, como o plano do presidente de dissolver o Departamento de Educação. Muitos democratas, especialmente os mais centrados, defenderam que o respeito pelas instituições e pela figura presidencial deveria ser priorizado. Embora a censura tenha sido considerada uma reprimenda formal e não uma punição severa, a repercussão do incidente indicou uma crescente insatisfação interna com a forma como Green se posicionou durante o evento.
O deputado Al Green, por sua vez, defendeu seu protesto como uma ação contra as políticas do governo, especialmente em relação ao risco de cortes no Medicaid. Embora tenha sido removido do plenário durante o discurso de Trump, Green afirmou estar preparado para enfrentar as consequências de seu ato e disse que repetiria a ação se fosse necessário. A situação expôs as divisões internas do Partido Democrata, que, além de enfrentar desafios externos com o governo Trump, também precisa lidar com divergências internas sobre a melhor forma de reagir às ações da administração republicana.