Recentemente, as relações entre os Estados Unidos e a Rússia começaram a apresentar sinais de distensão, permitindo que empresas americanas considerem retornar ao mercado russo após a saída em massa desde a invasão da Ucrânia em 2022. Durante uma reunião com autoridades russas, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou as oportunidades econômicas e geopolíticas que poderiam surgir no futuro, caso o conflito seja resolvido. Entretanto, o cenário permanece incerto, com poucos negócios norte-americanos ainda presentes na Rússia, o que dificulta a realização de acordos significativos entre os dois países.
Apesar das declarações otimistas, analistas apontam que o risco de retorno à Rússia é elevado, dado o ambiente econômico instável e as sanções internacionais. Empresas estrangeiras enfrentam o risco de nacionalização de seus ativos e têm que lidar com uma infraestrutura marcada pela corrupção e ineficiência. A imposição de sanções, que incluiu a exclusão de bancos russos do sistema SWIFT, dificultou ainda mais os negócios no país, tornando a operação de empresas ocidentais no mercado russo menos atraente.
Ademais, a situação econômica da Rússia mudou drasticamente nas últimas décadas. Antes, a exportação de petróleo e gás natural impulsionava o crescimento, atraindo empresas de energia e varejo. No entanto, com a queda da classe média e a crescente competitividade no mercado global de energia, muitos especialistas acreditam que o retorno de empresas americanas ao país não seria lucrativo. A imprevisibilidade das políticas externas também representa um risco considerável, com mudanças constantes nas relações entre os dois países. Para muitas empresas, o retorno à Rússia é visto como uma estratégia de “alto risco, baixo lucro”.