A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou uma resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o envolvem em um possível esquema golpista relacionado às eleições de 2022. Bolsonaro nega todas as acusações e solicita a anulação da delação de Mauro Cid, que alega ter sido feita sob pressão. Além disso, a defesa argumenta que o julgamento deve ser realizado pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma, devido à gravidade do caso e ao envolvimento de figuras de alta relevância.
A defesa de Bolsonaro também questiona a validade da investigação desde a quebra de sigilo de Cid pela Polícia Federal em 2021, apontando que não houve acesso completo às provas. A equipe jurídica critica ainda a denúncia da PGR, considerando-a desorganizada e sem um método claro, o que prejudica a defesa e a análise dos julgadores. A acusação inclui outros 32 indivíduos, com destaque para crimes como organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado.
O próximo passo no processo judicial será a análise da denúncia pela Primeira Turma do STF, que decidirá se as acusações serão aceitas e se o ex-presidente se tornará réu. Caso a denúncia seja aceita, a fase de instrução do processo terá início, e o julgamento pode ocorrer até o final deste ano. A investigação também envolve alegações de interferência nas eleições de 2022 e tentativas de prisão de ministros do STF, com base em um plano de golpe que teria raízes na estrutura do Estado e contaria com apoio militar.