A defesa do ex-presidente solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação premiada de um ex-assessor de sua equipe, argumentando que a colaboração foi marcada por contradições, mentiras e omissões. O pedido foi formalizado após a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), que inclui acusações graves, como participação em um golpe de Estado e na tentativa de subverter a ordem democrática. Os advogados questionam a validade da delação, citando contradições no depoimento e afirmando que a colaboração foi realizada sem a devida voluntariedade por parte do delator.
No caso, a defesa destacou que, embora a Polícia Federal tenha identificado discrepâncias entre as investigações e os depoimentos do colaborador, o acordo de colaboração não foi rescindido, o que levantou questionamentos sobre a imparcialidade do processo. Além disso, a defesa considerou irregular a condução de uma audiência presidida por um dos ministros do STF, alegando que ele teria se envolvido na produção de provas, o que prejudicaria a imparcialidade da investigação, conforme as normas constitucionais.
Além da anulação da delação, os advogados também pediram que o julgamento fosse feito no plenário do STF, e não pela 1ª Turma, mencionando a figura do juiz de garantias como uma tentativa de afastar um dos ministros do caso. Eles alegaram que o direito à ampla defesa foi comprometido devido à falta de acesso às provas e ao excesso de material apresentado pela acusação. Enquanto isso, outras figuras envolvidas nas acusações apresentaram suas defesas, negando envolvimento no esquema e pedindo que o caso fosse transferido para instâncias inferiores.