O engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), apresentou sua defesa na ação movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Em documento entregue ao Supremo Tribunal Federal, a defesa de Rocha alega a inexistência de provas concretas que sustentem a acusação de envolvimento em um plano criminoso. O IVL foi contratado pelo Partido Liberal (PL) para investigar possíveis fraudes nas urnas eletrônicas, mas o relatório final não encontrou qualquer evidência de irregularidades nas eleições presidenciais de 2022.
A defesa destaca que, em nenhum momento, Carlos Rocha mencionou a palavra “fraude”, seja nos relatórios, e-mails ou mensagens, nem houve menção de irregularidades nos documentos produzidos pelo IVL. Os advogados do engenheiro ressaltam que o instituto seguiu metodologias técnicas e imparciais reconhecidas internacionalmente, como auditorias de conformidade e boas práticas de governança, sem que fossem encontradas evidências que indicassem fraude. O documento ainda afirma que Rocha tem sido usado como um “bode expiatório” por aqueles que não aceitaram o resultado das eleições, apesar da falta de provas claras.
Além disso, a defesa argumenta que o Supremo Tribunal Federal não teria competência para julgar o caso e solicita que Rocha seja processado em primeira instância, como qualquer outro cidadão sem foro privilegiado. A Procuradoria-Geral da República acusa Rocha de vários crimes, como organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado, e ele é um dos 34 denunciados. A partir do dia 6 de março, os acusados têm prazo para apresentar sua defesa ao STF.