A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que não tem acesso à totalidade das provas obtidas pela Polícia Federal (PF) em relação às acusações de participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Os advogados afirmam que o volume de documentos no processo, que soma mais de 81.000 páginas, é uma estratégia da acusação para dificultar a análise. Eles destacam que, até o momento, apenas trechos selecionados de materiais foram liberados e que a defesa teve acesso integral a apenas sete celulares, embora tenham sido apreendidos dezenas de dispositivos em diversas operações.
Além disso, a defesa questiona o não fornecimento de dados completos, como o espelhamento integral do celular do ex-presidente, apreendido pela PF em 2023. Os advogados destacam que o devido processo legal exige a apresentação de todas as provas que foram analisadas pela acusação para garantir uma defesa justa. A defesa do ex-presidente também entregou uma resposta prévia à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), negando a participação de Bolsonaro na articulação golpista e pedindo a anulação de uma delação e que o caso fosse julgado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
No contexto das investigações sobre a tentativa de golpe para impedir a posse do atual presidente, outros envolvidos também apresentaram suas defesas. Cada um negou envolvimento em atividades ilegais e pediu diferentes providências, como a anulação de delações ou a mudança de instância para o julgamento. Os prazos para a apresentação de defesas foram estabelecidos de forma diferenciada para alguns dos acusados, com destaque para os prazos específicos de dois denunciados que terminam nesta sexta-feira (7.mar.2025).