Na quinta-feira (20), seis associações representativas de policiais militares e delegados se manifestaram contra as declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que, durante um evento em Brasília, afirmou que a polícia “prende mal” e que o Judiciário é obrigado a soltar. As afirmações geraram reações negativas de profissionais da segurança pública, que as consideraram inadequadas e desinformadas sobre a realidade enfrentada pelas forças policiais.
As entidades criticaram o ministro, argumentando que ele não tem a qualificação necessária para opinar sobre questões de segurança pública. Além disso, sugeriram que Lewandowski visitasse os enterros de policiais mortos em serviço, como uma forma de refletir sobre as consequências de suas palavras. A reação das associações expôs uma desconexão percebida entre a realidade das operações policiais e as declarações de autoridades do Judiciário.
Em resposta, o Ministério da Justiça emitiu uma nota esclarecendo que as palavras de Lewandowski foram feitas em um contexto relacionado à falta de integração entre as informações das polícias e do Judiciário. O ministério ainda destacou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública busca melhorar a situação, abordando questões como a integração das forças de segurança e do sistema judiciário. Lewandowski, em seguida, se retratou, afirmando que sua intenção foi destacar a necessidade de melhores condições para a polícia, como remuneração, equipamentos e informações adequadas para evitar falhas nas prisões.