A curva a termo brasileira teve leves altas nos vértices no fechamento desta sexta-feira (14), após um movimento técnico de compra de taxas. Durante a tarde, investidores reagiram a um recuo nas taxas observado pela manhã e na véspera, em meio à queda do dólar frente ao real e ao aumento dos rendimentos dos Treasuries. A taxa do DI para janeiro de 2026, um dos contratos mais líquidos no curto prazo, subiu para 14,74%, e o DI para janeiro de 2027 alcançou 14,55%, com uma alta de 5 pontos-base.
O dia também foi marcado por dados econômicos, como a retração de 0,1% nas vendas do varejo em janeiro, que, embora tenha sido um resultado melhor do que o esperado, segue como um sinal de desaceleração econômica. Além disso, o superávit primário do setor público brasileiro foi de R$ 104,096 bilhões, o que ajudou a reduzir a relação dívida/PIB. Esses fatores foram inicialmente favoráveis à queda das taxas futuras, mas a recuperação das taxas pela tarde indicou que alguns agentes financeiros aproveitaram os níveis mais baixos para realizar lucros.
A agenda da próxima semana promete grande atenção do mercado, com as decisões sobre a taxa de juros nos Estados Unidos e no Brasil, ambas previstas para quarta-feira (19). O mercado brasileiro já precifica uma alta de 100 pontos-base na Selic, com os investidores aguardando também pistas sobre as próximas movimentações do Banco Central para maio. Além disso, o desempenho dos Treasuries, com rendimentos subindo levemente, impulsionou o fluxo para ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes.