O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou um cessar-fogo com a Turquia, respondendo ao pedido de seu líder preso, que propôs o fim das hostilidades e a abertura de negociações para a dissolução do grupo. A declaração, feita em 1º de março de 2025, ressalta a intenção de avançar em direção a uma sociedade democrática, conforme o pedido histórico de seu líder, que está preso há 26 anos. O PKK, que durante décadas conduziu uma insurgência contra o Estado turco, busca uma resolução para o conflito que deixou milhares de mortos.
O apelo por paz foi feito após quatro meses de negociações mediadas por autoridades turcas e o principal partido pró-curdo, o DEM. O líder do PKK, conhecido como Apo, enfatizou que o momento de luta armada havia terminado e assumiu a responsabilidade por essa transição, destacando a importância de uma solução pacífica. Além disso, o PKK pediu a libertação de seu líder, condenado à prisão perpétua, e exigiu que ele presida pessoalmente o Congresso que deverá formalizar a dissolução do grupo armado.
Apesar do cessar-fogo, especialistas indicam que a dissolução do PKK não resolveria completamente a questão curda na Turquia. A democratização do país e a implementação de políticas inclusivas ainda são vistas como etapas essenciais, conforme destacam representantes curdos e estudiosos do tema. Além disso, o PKK não conta mais com o apoio externo que tinha anteriormente, como no governo de Bashar al-Assad ou com apoio dos Estados Unidos, o que ajuda a explicar essa nova postura em busca de paz.