O comércio eletrônico no Brasil tem crescido significativamente, com previsão de faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025, refletindo um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Contudo, o aumento das compras online também tem gerado uma série de problemas para os consumidores, como o descumprimento de ofertas e falhas na entrega dos produtos. Casos como o de uma professora que não recebeu as roupas que comprou para suas aulas de dança ilustram a frustração crescente entre os consumidores. Além disso, a confiança nas empresas para proteger os consumidores contra fraudes tem diminuído, com a percepção de segurança caindo de 51% para 43% nos últimos tempos.
A advogada e especialistas do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) alertam sobre as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros ao fazer compras online, como o risco de golpes e a falta de comprometimento de algumas lojas com a entrega dos produtos. Uma pesquisa revelou que quase metade dos consumidores já desistiram de uma compra devido à falta de confiança no site ou aplicativo. Além disso, é crescente a preocupação com os custos extras do frete, que muitas vezes são usados de forma estratégica pelas empresas para aumentar os lucros.
Especialistas também destacam a vulnerabilidade de determinados públicos, como os idosos e pessoas com acesso limitado à internet, que têm menos informações sobre seus direitos e sobre como se proteger de fraudes digitais. Para garantir os direitos do consumidor, recomenda-se que os consumidores documentem todas as reclamações e recorram aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e a plataforma consumidor.gov.br. Caso as tentativas de resolução extrajudicial não funcionem, é possível recorrer ao Juizado Especial Cível para demandas de até 20 salários mínimos, sem necessidade de advogado.