A pandemia de Covid-19 teve um impacto profundo na economia global, empurrando milhões para a extrema pobreza e forçando uma reconfiguração de diversos setores. A crise gerou uma alta significativa no número de pessoas vivendo com menos de 2,15 dólares por dia, enquanto diversas empresas fecharam as portas, com destaque para o fechamento de 500 mil empresas no Brasil somente em 2020. Para mitigar os efeitos econômicos, governos de vários países adotaram programas de auxílio emergencial, sendo que os Estados Unidos destacaram-se ao investir 11% do seu PIB em medidas sociais. No Brasil, o auxílio chegou a 4% do PIB, embora o Fundo Monetário Internacional tenha sugerido que um programa de menor custo poderia ser igualmente eficaz.
A inflação foi uma das consequências mais marcantes, com os Estados Unidos registrando um pico de 9% em 2022, o maior em 40 anos. No Brasil, a taxa básica de juros alcançou 13,25%, o maior nível desde 2023, refletindo a persistência dos efeitos inflacionários. A escassez de oferta, aliada à alta demanda, contribuiu para o aumento dos preços, e esses impactos ainda são sentidos na economia atual. A situação fez com que muitas empresas precisassem se adaptar rapidamente, acelerando inovações e novos modelos de negócios. Setores como o comércio digital e a logística, por exemplo, vivenciaram um crescimento exponencial durante a pandemia.
A pandemia também provocou mudanças duradouras nos comportamentos de consumo, como o aumento do uso de serviços de delivery e o crescimento do comércio eletrônico. No Brasil, a adoção de tecnologias para facilitar o consumo remoto se manteve forte mesmo após o pico da pandemia, refletindo uma tendência crescente no mercado. Esse comportamento foi visto globalmente, com empresas do setor de logística, como a DHL, adaptando-se ao aumento da demanda e melhorando suas operações para atender à nova realidade. A pandemia, portanto, não só trouxe desafios econômicos significativos, mas também acelerou processos de inovação que moldaram o futuro de diversos setores.