O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil indicou que, salvo mudanças substanciais no cenário econômico, começará a desacelerar o aumento da taxa Selic a partir de maio. Após três reuniões consecutivas elevando a taxa em 1 ponto percentual, o Copom anunciou que o próximo ajuste será de até 0,75 ponto percentual, sinalizando que o ciclo de alta pode estar perto do fim.
O mercado financeiro ajustou suas previsões diante desse novo cenário, com a expectativa de que o ciclo de aumentos da Selic se encerre em junho. Embora o Copom não tenha confirmado que o último aumento ocorrerá em maio, ele destacou as preocupações com a desancoragem das expectativas e a elevada incerteza econômica. No entanto, a resiliência da economia brasileira foi reconhecida, mesmo em um contexto de desaceleração.
Instituições financeiras, como BMG e BNP Paribas, indicam que a Selic pode atingir entre 15% e 15,25% até junho, com possíveis aumentos adicionais. Economistas de bancos como Itaú Unibanco, Bank of America e Barclays preveem que a Selic suba mais duas vezes, atingindo 15,25%. A menção às defasagens da política monetária, como ocorreu em 2022, sugere que o fim do ciclo de aperto monetário ainda não está totalmente definido.