Em janeiro de 2025, um relatório elaborado pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos alertou sobre a relação entre o consumo de álcool e o aumento do risco de câncer. O estudo apontou que, mundialmente, 741,3 mil casos de câncer são atribuídos ao álcool, com 100 mil casos anuais nos Estados Unidos. No Brasil, dados da Fiocruz revelam que o custo hospitalar relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas foi de 47,8 mil casos em 2019, com destaque para os cânceres na população feminina e masculina. O consumo de álcool está vinculado a sete tipos principais de câncer, incluindo mama, esôfago e fígado, com a pesquisa indicando que a ingestão frequente é um fator de risco significativo.
O documento destaca que a maioria da população dos Estados Unidos não tem plena consciência da conexão entre o álcool e o câncer, apesar das evidências crescentes desde a década de 1980. O álcool é considerado a terceira principal causa evitável de câncer nos Estados Unidos, atrás apenas do tabaco e da obesidade, sendo responsável por cerca de 20 mil mortes anuais. O consumo de álcool também interfere no metabolismo celular, gera substâncias que causam inflamação e pode alterar o equilíbrio hormonal, aumentando especialmente o risco de câncer de mama.
Para a prevenção, o relatório sugere a redução ou interrupção do consumo de álcool, especialmente em casos de câncer de boca e esôfago. A recomendação inclui a atualização de rótulos de advertência, a reavaliação das diretrizes de consumo e o fortalecimento de campanhas educativas e estratégias de prevenção. Tais ações visam reduzir os riscos e aumentar a conscientização sobre os impactos do álcool na saúde, destacando a necessidade de um consumo mais responsável.