Imagens de satélite da base naval da Baía de Guantánamo, em Cuba, revelaram a construção de mais de 100 novas estruturas, incluindo prédios temporários e tendas, entre os dias 2 e 19 de fevereiro. A ação faz parte de uma estratégia do governo dos Estados Unidos para acomodar migrantes, especialmente aqueles considerados de alta prioridade. Embora a base esteja situada em solo cubano, sua administração é dos Estados Unidos. A construção foi acelerada após o primeiro voo de migrantes chegar à região em fevereiro, com cerca de 125 novas estruturas montadas rapidamente perto do campo de aviação.
Apesar da rápida expansão das instalações, as tendas ainda não foram utilizadas para abrigar migrantes, pois não atendem aos padrões exigidos pelo Departamento de Segurança Interna, como a necessidade de ar condicionado. Os migrantes estão sendo alojados em outras instalações dentro da base, como o Centro de Operações de Migrantes, que tem capacidade para até 50 pessoas, e outras prisões separadas. A base de Guantánamo tem um histórico de acolher imigrantes interceptados no mar, como cubanos e haitianos, mas a administração de Donald Trump indicou uma mudança de perfil, com a intenção de abrigar migrantes considerados mais perigosos.
As condições nas instalações temporárias já foram descritas como inadequadas, com alguns ex-detentos relatando ambientes apertados e insalubres, além de restrições no acesso a advogados. Embora a base tenha sido mencionada como uma solução temporária para migrantes de alto risco, a utilização de suas novas estruturas permanece incerta, com as condições ainda sendo avaliadas pelas autoridades competentes.