Os Estados Unidos e a Rússia solicitaram uma reunião no Conselho de Segurança da ONU para abordar a intensificação dos confrontos na Síria, marcada para a próxima segunda-feira (10.mar.2025). O governo interino da Síria, liderado por Ahmad al-Sharaa, anunciou a criação de um comitê independente para investigar os recentes confrontos no país. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, mais de 1.000 pessoas perderam a vida nos confrontos entre os apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad e as forças de segurança do novo regime.
O número de vítimas já é considerado um dos mais altos desde o ataque com armas químicas em 2013, que matou 1.400 pessoas nos arredores de Damasco. O atual governo sírio, que permaneceu no poder por 24 anos, foi derrubado em dezembro de 2024, quando o grupo HTS (Hayat Tahrir al-Sham) assumiu a capital. O governo interino acusa antigos apoiadores do regime de Assad, além de potências estrangeiras, de tentar provocar novos conflitos para desestabilizar o país.
Além disso, o comandante de uma facção curda na Síria culpou facções islâmicas apoiadas pela Turquia pela recente escalada de violência, embora o governo turco não tenha se manifestado sobre as acusações. A situação permanece crítica, com múltiplos grupos disputando o controle do país e uma crescente tensão entre diferentes facções e potências internacionais envolvidas no conflito.