O presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, pediu desculpas nesta terça-feira (18) após causar polêmica com uma declaração comparando a ausência de clubes brasileiros na Copa Libertadores a uma situação do personagem Tarzan sem a macaca Chita. A frase gerou críticas, especialmente após a presidente do Palmeiras sugerir que os clubes brasileiros abandonassem os torneios da Conmebol devido à falta de punições mais severas contra o racismo no futebol. Domínguez afirmou que sua intenção nunca foi desrespeitar ninguém e que sempre promoveu valores de respeito e inclusão.
A declaração veio após recentes episódios de racismo contra jogadores brasileiros, incluindo um incidente envolvendo o Palmeiras durante um jogo contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Copa Libertadores Sub-20. Após o ocorrido, a Conmebol aplicou uma multa de US$ 50 mil ao Cerro Porteño e ordenou campanhas contra o racismo em suas redes sociais. A punição foi considerada insuficiente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que expressou insatisfação com a medida. Domínguez, durante o sorteio dos grupos da Copa Sul-Americana e da Libertadores 2025, reconheceu a insuficiência das punições e sugeriu maior envolvimento dos governos nacionais para combater o racismo.
Domínguez reforçou seu compromisso com a inclusão e o respeito no futebol, destacando que sua declaração foi mal interpretada e que a Conmebol continua a trabalhar para garantir um ambiente mais justo e igualitário no esporte. A repercussão do comentário gerou uma ampla discussão sobre as atitudes da Conmebol em relação ao racismo e sobre a eficácia das punições aplicadas aos clubes envolvidos em tais incidentes.