Durante o sorteio dos grupos da Libertadores, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma analogia comparando a ausência de clubes brasileiros na competição à relação entre Tarzan e sua macaca, Chita. Essa declaração gerou forte repúdio tanto do governo brasileiro quanto de jogadores da Seleção Brasileira, que expressaram indignação com a comparação. Domínguez se desculpou publicamente, afirmando que não teve a intenção de desqualificar ninguém e reafirmando seu compromisso com um futebol livre de discriminação.
Além disso, o comentário de Domínguez ocorreu no contexto de uma série de protestos em relação a punições inadequadas em casos de racismo. A presidente do Palmeiras, em particular, criticou a punição branda ao clube Cerro Porteño, que foi multado em US$ 50 mil e proibido de receber torcida após incidentes racistas durante um jogo da Libertadores Sub-20. Outros líderes de clubes brasileiros também expressaram a necessidade de uma resposta mais firme para combater o racismo e promover a educação.
A situação também afetou a dinâmica da competição, com clubes brasileiros conhecendo seus adversários para a fase de grupos. Apesar das tensões, as equipes seguem preparadas para o início da disputa, com destaque para o grupo de clubes como Palmeiras, Flamengo e São Paulo, que se enfrentam com o objetivo de avançar à próxima fase. O cenário destaca a importância de ações efetivas no combate ao racismo, com um foco em soluções mais concretas e menos retóricas.