O Congresso Nacional retomou seus trabalhos nesta semana com foco na aprovação do Orçamento Geral da União para este ano. O governo precisará ajustar as contas em mais de R$ 20 bilhões devido ao aumento das despesas com programas sociais e os efeitos da inflação. Além disso, a taxa de juros mais alta do que a prevista no momento da proposta exigirá mais adequações nas finanças públicas. Caso o ajuste não seja feito, economistas apontam que o governo poderá ser forçado a cortar mais gastos ainda neste semestre, com a possibilidade de novos bloqueios.
Outro tema prioritário é a reforma do Imposto de Renda, que propõe isenção para quem recebe até R$ 5 mil. O governo e o Congresso terão que identificar fontes de compensação para a perda de arrecadação, estimada em R$ 35 bilhões. Se aprovada, a reforma entra em vigor no próximo ano. A proposta também inclui a taxação sobre rendas superiores a R$ 50 mil, que atualmente não são tributadas adequadamente, o que tem gerado resistência por parte da oposição.
Enquanto o Orçamento não é aprovado, o governo pode gastar até um doze avos das despesas previstas para o ano. Nos primeiros dois meses de 2025, o ritmo de liberação foi ainda mais baixo, com liberação de apenas um dezoito avos, o que resultou em um superávit nas contas públicas. A aprovação do orçamento e da reforma tributária segue como um desafio para o Executivo e Legislativo, com a necessidade de conciliar a necessidade de ajustes fiscais e as demandas políticas.