A comunidade Tatuyo, localizada em Manaus, está implementando um projeto de reflorestamento que visa transformar áreas degradadas em agroflorestas sustentáveis, unindo conhecimentos tradicionais e técnicas científicas. O cultivo de mudas de árvores nativas, como andiroba e castanheira, tem garantido uma fonte de renda para a comunidade, sem prejudicar a floresta. O trabalho é considerado essencial para a recuperação da Amazônia e envolve tanto os moradores mais velhos quanto as novas gerações, que acreditam no impacto positivo para o futuro ambiental e econômico da região.
O projeto, realizado com o apoio do Instituto Ipê, é um exemplo de como a demanda local pode gerar soluções sustentáveis. Com a utilização do sistema agroflorestal, que combina espécies agrícolas, frutíferas e madeireiras, as comunidades locais estão criando um ciclo produtivo que beneficia o solo e gera renda a curto, médio e longo prazo. A logística de transporte das mudas, apesar de desafiadora, tem sido superada com viagens de barco de até 8 horas, visando a entrega das mudas em locais remotos da região.
Além de restaurar o meio ambiente, o projeto tem promovido a geração de emprego e renda em 18 comunidades, com a coleta de sementes e produção de mudas. Esses recursos são utilizados em setores como cosméticos e medicamentos, conectando a biodiversidade amazônica ao mercado sustentável. A iniciativa não apenas busca a recuperação ambiental, mas também um futuro melhor para as gerações futuras, com um foco na sustentabilidade e no equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação da floresta.