Os microplásticos estão presentes em diversos aspectos da vida cotidiana, desde alimentos até produtos de higiene e até no sangue humano. Como o plástico não se biodegrada, ele continua a se decompor em partículas menores, conhecidas como micro e nanoplásticos, que têm sido associados a impactos negativos na saúde, como problemas no cérebro, fertilidade e microbioma intestinal. Estudo de 2023 revelou que as pessoas podem ingerir até 3,8 milhões de microplásticos por ano apenas consumindo carne.
No entanto, é possível reduzir a exposição a essas partículas nocivas. Uma das maneiras é evitar o consumo de água em garrafas plásticas, já que estudos indicam que a água engarrafada pode conter grandes quantidades de microplásticos, enquanto a água da torneira, se fervida, pode eliminar até 80% dessas partículas. Além disso, a escolha de saquinhos de chá sem plástico, como os feitos de celulose, e a utilização de utensílios de vidro ou metal na cozinha, ao invés de plásticos, também são passos eficazes para reduzir a ingestão de microplásticos.
Outras medidas incluem evitar produtos de cuidados pessoais que contenham ftalatos e microesferas, e optar por cosméticos sem plástico, como sabonetes e xampus sólidos. Além disso, a conscientização sobre as fibras sintéticas em roupas e móveis é essencial, já que esses materiais liberam microplásticos no ambiente. Reduzir o uso de produtos sintéticos e lavar roupas com menos frequência ou com filtros especiais são estratégias adicionais para diminuir a poluição por microfibras.