O conselho de um pai, que sugeria simplesmente calçar os tênis para lidar com momentos de desmotivação, está sendo corroborado por especialistas, como a psicóloga clínica Barbara Greenberg. Pesquisas demonstram que o que vestimos pode afetar diretamente nossa motivação e confiança, ajudando a superar a procrastinação. Ao vestir-se, uma pessoa pode, literalmente, se colocar em uma nova versão de si mesma, o que pode ser crucial para iniciar atividades positivas, como o exercício físico ou socializar.
Especialistas explicam que roupas podem funcionar como um gatilho para o comportamento desejado. A psicóloga Marissa Nelson destaca que, por exemplo, roupas mais formais podem incentivar um foco maior no trabalho, enquanto roupas mais confortáveis podem sinalizar momentos de relaxamento. Esse conceito, chamado “cognição vestida”, sugere que, ao escolher roupas com intenção, podemos alterar nosso estado mental e nos preparar para enfrentar o dia de maneira mais proativa.
Embora a mudança de vestuário não resolva questões emocionais profundas, como a depressão, ela pode ser uma estratégia eficaz para lidar com o estresse e a sobrecarga. Ao incorporar pequenos ajustes no comportamento, como se vestir para a ação, é possível criar um ciclo positivo que melhora o humor e facilita a realização de tarefas, como exercícios ou interações sociais. Essas pequenas mudanças podem promover o bem-estar por meio do aumento da atividade física e da interação social, fatores essenciais para o equilíbrio emocional.