A higiene dos pés é frequentemente negligenciada, mas especialistas alertam que ela é crucial para evitar problemas como mau odor, infecções e doenças. Órgãos de saúde recomendam lavar os pés diariamente com água e sabão, já que essa região abriga uma grande quantidade de glândulas sudoríparas e bactérias, como Staphylococcus, que podem produzir ácidos graxos voláteis responsáveis pelo chulé. Além disso, ambientes úmidos e quentes, como os espaços entre os dedos, são propícios para fungos, como os que causam o pé de atleta, tornando a limpeza e secagem adequadas essenciais para prevenir infecções.
Pessoas com diabetes devem redobrar os cuidados, pois estão mais suscetíveis a úlceras e infecções que podem levar a complicações graves, como amputações. No entanto, para quem não tem condições pré-existentes, lavar os pés a cada dois dias pode ser suficiente, evitando o ressecamento da pele causado pela remoção excessiva de óleos naturais. Atividades físicas intensas exigem maior frequência de lavagem, mas é crucial equilibrar a higiene com a preservação da microbiota benéfica da pele, que protege contra patógenos.
A forma de lavar também importa: apenas deixar a água escorrer não é suficiente — é necessário esfregar com sabão e, principalmente, secar bem os pés, especialmente entre os dedos, para evitar a proliferação de microrganismos. Dermatologistas destacam que, embora a limpeza seja vital, exageros podem danificar a barreira cutânea, aumentando o risco de irritações e infecções. O segredo, portanto, está no equilíbrio entre higiene e preservação da saúde natural da pele.