O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve anunciar, nesta quarta-feira (18), um aumento na taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, caso as expectativas se confirmem. Este será o maior patamar da taxa desde 2006 e o quinto aumento consecutivo na taxa de juros. A decisão reflete a tentativa do BC de conter a inflação, que tem pressionado a economia brasileira, especialmente em um contexto de atividade econômica aquecida e inflação crescente.
Em fevereiro, a inflação oficial foi de 1,31%, o maior índice para o mês desde 2003. A alta dos juros visa desacelerar a economia e trazer a inflação de volta para as metas estabelecidas pelo Banco Central, que são de 3% para o ano de 2025. O BC se baseia em projeções para definir os juros, e a estratégia tem gerado críticas de algumas autoridades, que defendem que o aumento da taxa pode prejudicar o crescimento econômico e o emprego no país.
A elevação da Selic também deve ter impactos negativos na economia, como o aumento das taxas de juros bancárias, a desaceleração do consumo e a diminuição dos investimentos produtivos. Além disso, há um impacto nas contas públicas, já que os juros mais altos elevam as despesas com a dívida pública. Contudo, investimentos em renda fixa, como o Tesouro Direto, podem se tornar mais atraentes à medida que a Selic sobe.