A Comissão Europeia reafirmou, nesta quarta-feira (5), a meta de que todos os carros e vans novos vendidos na União Europeia (UE) não emitam dióxido de carbono até 2035. A decisão foi tomada após uma série de negociações e concessões às montadoras europeias, que obtiveram mais três anos para cumprir as metas de redução de emissões previstas para 2025. No entanto, as metas de 2030 e 2035 permanecem inalteradas, refletindo o compromisso da UE com a sustentabilidade e a eletrificação do setor automotivo.
O comissário de transportes da UE, Apostolos Tsitsikostas, detalhou o plano de ação para assegurar que os fabricantes de veículos da região possam competir com os gigantes do setor nos Estados Unidos e China. Além disso, foi anunciada uma revisão antecipada dos regulamentos de emissões, que acontecerá no segundo semestre deste ano. Apesar disso, as metas de redução de CO2 não sofrerão alterações, conforme afirmou Tsitsikostas.
A decisão gerou críticas de grupos de defesa ambiental e organizações de consumidores, que temem que a prorrogação das metas dificulte o avanço da indústria em direção a veículos mais acessíveis e ambientalmente sustentáveis. Em contrapartida, representantes da indústria de mobilidade elétrica destacaram a necessidade de compensar o adiamento com ações mais ousadas no desenvolvimento de infraestrutura e baterias, além de um fortalecimento das políticas de frotas corporativas e carregamento de veículos pesados.