A Comissão Europeia anunciou o adiamento da proposta de uma nova meta climática para a União Europeia, que visava reduzir as emissões até 2040. Originalmente, esperava-se que essa meta fosse apresentada no primeiro trimestre de 2025, mas devido a divergências políticas internas, o lançamento foi postergado. O objetivo inicial era estabelecer um compromisso para manter os países europeus alinhados com a meta de redução de emissões de 2030 e o compromisso de zero emissões líquidas até 2050.
A proposta enfrentou resistência de alguns estados-membros, que se mostraram relutantes em apoiar uma redução de 90% nas emissões até 2040, o que complicou sua implementação. A Comissão Europeia, que havia planejado alterar a lei climática da UE neste trimestre, não confirmou quando a meta será efetivamente proposta, além de não conseguir cumprir o prazo de fevereiro para apresentar um plano climático de 2035 à ONU. Apesar disso, a União Europeia reafirmou seu compromisso com a agenda climática global, mesmo com a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sob a administração anterior.
O adiamento da proposta também foi influenciado pela pressão de indústrias e governos que apontam os desafios econômicos, como altos custos de energia e demanda fraca, resultantes das políticas ambientais. Além disso, o processo de negociação sobre as metas climáticas está sendo impactado pelas eleições presidenciais na Polônia, que preside as negociações da UE até julho. A resistência de Varsóvia, especialmente no que diz respeito à transição energética, destaca as dificuldades que a Europa enfrenta ao tentar equilibrar metas ambientais ambiciosas com as realidades econômicas dos países membros.