A Comissão Europeia anunciou, no dia 5 de março de 2025, que cedeu à pressão das montadoras e decidiu estender em três anos o cumprimento dos limites de emissões de CO2 que estavam previstos para 2025. Com essa prorrogação, as fabricantes de automóveis estão livres de multas neste ano, uma decisão que gerou protestos de grupos ambientalistas e defensores dos direitos dos consumidores.
De acordo com a Comissão, o adiamento do prazo visa evitar a perda de competitividade das montadoras europeias, especialmente em relação a concorrentes dos Estados Unidos e da China. No entanto, organizações como a BEUC e a T&E argumentam que a medida reduz a urgência para que os fabricantes tornem os veículos menos poluentes mais acessíveis à população, o que prejudica os esforços para combater as mudanças climáticas.
Apesar da extensão do prazo, a Comissão Europeia reafirmou sua meta de alcançar emissões zero em veículos novos até 2035. O Comissário de Transportes, Apostolos Tsitsikostas, destacou a importância de acelerar a eletrificação das frotas de veículos na União Europeia para garantir que os países do bloco permaneçam competitivos no cenário global. Mesmo com a prorrogação, a preocupação sobre o cumprimento das metas continua presente entre as montadoras.