Um grupo de sócios e conselheiros do Corinthians protocolou um requerimento na Comissão Ética do clube pedindo a destituição do presidente do Conselho Deliberativo, acusado de parcialidade no processo de impeachment do presidente do clube. O pedido foi assinado por 75 conselheiros e 1.817 sócios, com base no estatuto do Corinthians, que permite a apresentação de penalidades à Comissão de Ética e Disciplina por qualquer associado. A alegação é de que o presidente do Conselho causou danos à imagem do clube ao se manifestar publicamente sobre questões internas de maneira tendenciosa.
Embora o requerimento tenha gerado um certo apoio, o Estadão apurou que a adesão foi considerada baixa e que o pedido tem poucas chances de ter impacto prático. Entre os signatários, há conselheiros ligados a um movimento de oposição e outros membros com histórico de ações contrárias à atual gestão. Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho, respondeu afirmando que a manifestação é legítima dentro do ambiente democrático do clube, mas desqualificou as acusações, chamando-as de infundadas e de má-fé.
Este é o segundo pedido de destituição contra o presidente do Conselho Deliberativo, já que o próprio presidente do clube havia anteriormente solicitado sua remoção por atitudes semelhantes, o que não avançou na Comissão. Enquanto isso, o processo de impeachment do presidente do clube segue sem uma data definida para sua continuidade, com a possibilidade de um adiamento até que as condições de segurança dos conselheiros sejam garantidas. O presidente confia em reverter a situação na Assembleia Geral, enquanto a oposição acredita que o período de afastamento pode resultar em novas descobertas sobre a gestão atual.