A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (27) o texto atualizado do Estatuto do Comitê Internacional de Medicina Militar, revisado em 2009 em Bruxelas. O projeto, que segue para análise do Plenário, recebeu parecer favorável do relator e prevê contribuições financeiras anuais dos estados-membros, determinadas por uma escala aprovada em assembleia. Fundado em 1921, o Comitê reúne 105 países para promover cooperação em saúde militar, com o Brasil entre os oito fundadores. O relator destacou a importância da colaboração em crises, como os recentes desastres climáticos no Rio Grande do Sul.
Em outro tema, a CRE aprovou um requerimento para debater o posicionamento do Brasil nas negociações do Tratado Global de Combate à Poluição por Plásticos. O autor do pedido ressaltou o impacto devastador dos resíduos plásticos nos oceanos, com o Brasil contribuindo anualmente com 325 mil toneladas desse material. A audiência pública visa discutir estratégias para enfrentar o problema, que afeta ecossistemas, saúde pública e economia.
Os dois temas refletem a agenda diversificada da comissão, que equilibra questões de defesa e cooperação internacional com desafios ambientais globais. Enquanto o estatuto fortalece a estrutura de saúde militar, o debate sobre plásticos reforça a necessidade de ações coordenadas para reduzir danos ao meio ambiente.