O comércio bilateral entre Brasil e China alcançou US$ 188,17 bilhões em 2024, registrando um aumento anual de 3,5%. No entanto, as exportações brasileiras para a China apresentaram uma queda de 3,5% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 116,09 bilhões. O principal fator dessa diminuição foi a redução nos preços de commodities, como a soja, que sofreu uma queda no valor, apesar de o Brasil ter exportado 74,65 milhões de toneladas desse produto para o mercado chinês, um volume significativo.
Apesar da desaceleração nas exportações, o Brasil segue sendo o maior fornecedor agrícola da China, com destaque para produtos como soja, milho, carne bovina e café. Além disso, houve um crescimento no envio de produtos como tabaco, celulose e couro, com aumentos de 36%, 21% e 26%, respectivamente. Por outro lado, o Brasil importou US$ 72,08 bilhões em produtos chineses, um aumento de 22%, com ênfase nos veículos elétricos e autopeças. A importação de carros elétricos, por exemplo, cresceu de forma expressiva, refletindo a busca por soluções mais ecológicas e sustentáveis no mercado brasileiro.
Embora o crescimento do comércio tenha sido mais modesto em 2024 em comparação com o ano anterior, especialistas demonstram otimismo quanto às perspectivas para 2025. Com uma forte complementaridade comercial e estratégias de desenvolvimento alinhadas entre os dois países, espera-se que o comércio bilateral continue sua trajetória positiva, com projeções de que o valor total do comércio ultrapasse os US$ 200 bilhões em breve.