A Universidade de Columbia tem enfrentado crescente pressão após lançar uma série de investigações envolvendo estudantes que expressaram críticas ao governo de Israel. A principal acusação contra os alunos é o envolvimento em atividades que a universidade considera discriminatórias, como a publicação de artigos de opinião e o apoio a protestos em apoio aos palestinos. Essas ações levaram à criação de um comitê disciplinar que investiga comportamentos considerados como assédio, especialmente quando há envolvimento de discursos que, segundo a universidade, poderiam ser vistos como hostis a pessoas com origem religiosa ou nacional associada a Israel.
Estudantes, acadêmicos e defensores da liberdade de expressão têm se manifestado contra essas investigações, acusando a universidade de ceder a pressões externas, como as ameaças de cortes de fundos feitas por autoridades políticas. As investigações, realizadas com base em uma nova política de assédio, visam detectar manifestações públicas que, segundo a administração, possam conter discurso discriminatório. No entanto, a falta de transparência e o sigilo das investigações geraram críticas sobre a imparcialidade do processo e sobre as possíveis consequências para os alunos, incluindo sanções severas como a expulsão.
Recentemente, protestos contra a abordagem da universidade também surgiram, com alunos ocupando prédios e organizando manifestações para se opor à expulsão de estudantes envolvidos em atos de protesto. A universidade se defende dizendo que suas ações buscam combater qualquer promoção de violência, mas a situação continua a dividir a comunidade acadêmica e a sociedade, gerando um intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão e da ação política no ambiente universitário.