A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou críticas à tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre a importação de aço e alumínio brasileiros, que entrou em vigor em 12 de março. Para a entidade, a medida prejudica a relação de complementaridade entre as indústrias dos dois países e afeta a competitividade da produção nacional. A CNI afirmou que a decisão reflete uma falta de percepção sobre os benefícios mútuos que foram estabelecidos ao longo dos anos, especialmente nos setores siderúrgico e de alumínio.
Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou que o Brasil tem uma relação histórica com os Estados Unidos que valoriza as vantagens competitivas de cada país, permitindo ganhos conjuntos, principalmente no fornecimento de produtos intermediários. A taxação, segundo ele, pode prejudicar essa dinâmica, impactando diretamente a competitividade da indústria brasileira no mercado global. Alban também sugeriu que o governo brasileiro se mantenha firme nas negociações para reverter a decisão.
A medida americana terá impactos significativos nas exportações brasileiras, com expectativa de queda nos volumes de vendas para os Estados Unidos. Isso pode forçar as empresas a buscar novos mercados ou redirecionar a produção para o mercado interno. O Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, também pode enfrentar dificuldades em outros segmentos econômicos devido às novas tarifas, comprometendo sua competitividade no comércio internacional.