As chuvas intensas e o calor excessivo prejudicaram a safra de caquis neste ano, mas os agricultores de Itatiba (SP), maior produtora da fruta no país, mantêm o otimismo. Enquanto isso, na região de Bauru (SP), a produção de seda enfrenta seus próprios desafios, com as lagartas do bicho-da-seda consumindo folhas de amoreiras em ritmo acelerado. O sericultor Roberto Viana destaca a importância de garantir alimento abundante para os insetos, especialmente em períodos de clima irregular, onde sistemas de irrigação se tornam essenciais para manter a produção ativa durante todo o ano.
As lagartas, após se alimentarem por dias sem parar, passam por mudas de pele e evoluem rapidamente, entrando em fase de encasulamento em bosques preparados para padronizar os casulos. Esse processo, que dura cerca de duas semanas, é crucial para a produção do fio da seda. Viana explica que a estrutura dos bosques é montada antecipadamente para facilitar o trabalho dos insetos, que começam a desenvolver o fio assim que sobem para os galpões.
A reportagem também ressalta as adaptações necessárias diante das mudanças climáticas, como a irrigação das amoreiras, que garante a continuidade da produção mesmo com a escassez de chuvas. A combinação de fatores naturais e manejo cuidadoso pelos produtores ilustra os desafios e a resiliência da agricultura e da sericicultura no interior paulista.