Expedições científicas realizadas por universidades federais entre 2017 e 2023 revelaram graves problemas de contaminação no rio São Francisco, afetando peixes, banhistas e comunidades ribeirinhas. A principal causa é o despejo de esgoto sem tratamento pela maioria das cidades ao longo do rio, incluindo poluentes emergentes que não são removidos em processos convencionais. Pesquisadores destacam os riscos à saúde pública e ao ecossistema, exigindo ações imediatas para reverter o cenário.
Apesar da elaboração de mais de 100 planos municipais de saneamento pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, as medidas urgentes ainda não foram implementadas. Autoridades defendem a necessidade de tratamento dos esgotos e a recuperação da saúde do rio para garantir seu uso sustentável pelas populações que dependem dele. Enquanto isso, iniciativas como o consórcio Águas do Sertão prometem investir bilhões em saneamento nos próximos anos, visando atender 90% da população até 2033, conforme prevê o Marco Legal do Saneamento.
Moradores e especialistas reforçam a urgência de ações concretas para preservar o Velho Chico para as futuras gerações. A combinação de esforços públicos, investimentos em infraestrutura e conscientização ambiental aparece como caminho essencial para reverter a degradação do rio e proteger a saúde das comunidades que dele dependem.