Em 2025, o Ceará registrou um aumento no volume de água nos açudes, com 14 deles já sangrando no início do ano devido às chuvas. O estado finalizou fevereiro com 44,4% das reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Alguns reservatórios estão em situação mais confortável, como o Açude Orós, que possui 60% da sua capacidade, enquanto outros, como o Castanhão, maior reservatório do estado, acumulam 27%, muito abaixo dos índices históricos.
No entanto, a situação das bacias hidrográficas não é homogênea em todo o estado. As regiões do norte apresentam volumes acima de 70%, o que indica um cenário mais positivo, mas áreas como os Sertões de Crateús e o Médio Jaguaribe ainda enfrentam dificuldades. Nestas regiões, os açudes apresentam níveis alarmantes, com menos de 20% e 30% da capacidade, respectivamente. A distribuição das chuvas não tem sido uniforme, o que influencia diretamente na recarga dos açudes.
O presidente da Cogerh, Yuri Castro, esclarece que as chuvas não resultam necessariamente em um aumento de volume nos reservatórios. A constância das chuvas e sua distribuição geográfica são fatores fundamentais para garantir o escoamento adequado e o aporte de água nos açudes. Por isso, o monitoramento e a gestão eficiente dos recursos hídricos permanecem essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas irregularidades no regime de chuvas no estado.