A China suspendeu temporariamente as importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros devido ao descumprimento de requisitos exigidos para o registro de estabelecimentos estrangeiros. As unidades afetadas pertencem a empresas como JBS, Frisa Frigorífico Rio Doce e Bon-Mart Frigorífico, situadas em Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) não forneceu detalhes específicos sobre as razões da suspensão, mas destacou não conformidades com os padrões chineses, o que levou as empresas a buscar regularizar as situações.
O governo brasileiro minimizou o impacto da medida, ressaltando que o Brasil ainda possui 126 frigoríficos habilitados para exportação à China. Além disso, o Brasil tem visto o crescimento do número de plantas autorizadas, com 55 novas unidades habilitadas desde o início da gestão atual, incluindo a reabilitação de algumas unidades suspensas anteriormente. A medida é parte de um movimento da China para reforçar a fiscalização sobre as importações de carne bovina de diversos países, incluindo Argentina, Uruguai e Mongólia.
Nos últimos anos, a China tem adotado suspensões temporárias de importações de carne bovina do Brasil, em 2022 e 2023, com a suspensão recente ocorrendo em 2024 devido a uma investigação sobre o aumento das importações. Embora o Brasil tenha enfrentado desafios com essas interrupções, continua sendo o maior fornecedor de carne bovina para o mercado chinês, com exportações que somaram 1,3 milhão de toneladas em 2024, gerando receitas de US$ 5,9 bilhões.