A China está se preparando para adotar contramedidas contra as novas tarifas de importação dos Estados Unidos, que entrarão em vigor nesta terça-feira, conforme reportado pelo Global Times, veículo de mídia estatal chinês. O governo chinês deve focar em exportações agrícolas dos EUA, com um possível aumento nas taxas de importação de produtos como soja e carne. A medida ocorre após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, que anunciou a implementação de uma tarifa adicional de 10%, elevando o total para 20%.
A situação surge em um contexto de tensões comerciais entre os dois países, com o presidente dos EUA acusando a China de não agir de forma suficiente para conter o fluxo de fentanil, substância usada em overdoses de drogas no país. A acusação foi considerada pela China como uma forma de pressão indevida, o que gerou reações de descontentamento por parte de Pequim. A postura chinesa reflete a crescente insatisfação com a condução das relações bilaterais.
Este impasse comercial coloca os dois maiores mercados do mundo em rota de colisão, com um impacto potencialmente negativo para as cadeias de suprimentos globais. O governo chinês, por sua vez, segue buscando formas de se proteger economicamente, mantendo sua estratégia de reações a políticas externas que considera prejudiciais. O desenrolar deste embate poderá afetar tanto as economias de ambos os países quanto o comércio internacional.