O governo da China anunciou a suspensão das importações de soja e madeira de empresas dos Estados Unidos nesta terça-feira (4.mar.2025), como uma resposta às tarifas impostas por Washington. A medida ocorre em um contexto de tensões comerciais, com Pequim implementando taxas adicionais sobre produtos agrícolas e alimentícios dos EUA, variando entre 10% e 15%, como retaliação aos 20% aplicados pelos Estados Unidos.
A Administração Geral de Aduanas da China (GACC) apontou que grãos provenientes de empresas americanas, como a CHS Inc e Louis Dreyfus Company, foram contaminados com cravagem e agentes de revestimento, o que levou à suspensão das importações dessas mercadorias. Além disso, todas as importações de madeira dos EUA foram paralisadas, como uma medida para evitar a entrada de espécies invasoras. A China também impôs restrições a investimentos de 25 empresas norte-americanas, sem divulgar os nomes das mesmas.
Essas ações ocorrem em meio a uma escalada nas disputas comerciais entre os dois países, que vêm se intensificando desde o início do segundo mandato do presidente norte-americano. Entre as decisões de Trump, destacam-se a imposição de tarifas sobre aço, alumínio e produtos europeus, além de um aumento nas tarifas sobre o Canadá e o México. A justificativa do governo dos EUA para aumentar as tarifas sobre a China foi a alegada falha do país asiático em controlar o fluxo de substâncias ilícitas para os Estados Unidos.
