A China concluiu, no dia 12 de março de 2025, o Congresso Nacional Popular com uma mensagem firme sobre a disputa comercial com os Estados Unidos. Durante o evento, o ministro do Comércio chinês afirmou que a China resistirá até o fim à escalada tarifária imposta pelo presidente dos EUA. A guerra tarifária continua a gerar incertezas para a economia chinesa, que enfrenta uma crise prolongada no setor imobiliário, afetando a confiança de consumidores e empresas. Embora o país tenha diversificado seus mercados de exportação, os Estados Unidos continuam sendo um parceiro essencial, o que aumenta as preocupações com a demanda por produtos chineses.
Além da questão comercial, o Congresso revelou a meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2025, um objetivo considerado desafiador por analistas. O governo chinês pretende impulsionar o consumo interno por meio de medidas como a concessão de descontos para consumidores que trocarem produtos antigos por novos. Contudo, parte significativa desses recursos será destinada ao setor imobiliário e a governos locais sobrecarregados com dívidas, o que levanta dúvidas sobre o impacto real dessas iniciativas para estimular a demanda e a recuperação econômica.
Em uma tentativa de revitalizar o setor privado, crucial para o crescimento e emprego no país, o governo chinês está preparando reformas para melhorar o ambiente para empresas privadas, abordando questões como financiamento e proteção dos direitos de propriedade. No entanto, o Congresso também discutiu o fenômeno da “involução” (neijuan), que afeta tanto empresas quanto governos locais, resultando em uma competição excessiva e improdutiva. O governo busca evitar essa prática, mas ainda não há soluções claras para o problema, principalmente em setores como a energia verde.