A China enfrenta um grave problema demográfico, com uma população de mais de um bilhão de pessoas que está envelhecendo rapidamente, o que resulta em uma crescente população próxima da aposentadoria. Para tentar reverter essa situação, o governo e as empresas estão adotando medidas para estimular os cidadãos a formarem famílias e aumentarem a taxa de natalidade. O país vive uma queda acentuada no número de casamentos, com uma redução de 20% no ano passado, o que agrava ainda mais o quadro demográfico do país.
Uma polêmica envolvendo a empresa Shandong Shuntian Chemical Group destacou o problema. A empresa exigiu que seus funcionários solteiros, entre 28 e 58 anos, se casassem até setembro de 2025 ou enfrentassem demissão. Essa medida gerou críticas nas redes sociais e foi considerada uma violação das leis trabalhistas chinesas. Após a intervenção das autoridades locais, a empresa recuou, alegando que a intenção era incentivar reflexões sobre a vida pessoal e motivar o casamento.
O declínio nas taxas de natalidade é resultado de políticas como a do filho único, que vigorou de 1980 a 2015, além da rápida urbanização. Nos próximos dez anos, cerca de 300 milhões de chineses devem se aposentar, o que pode sobrecarregar a economia do país, já que haverá menos jovens para substituir os aposentados. Como resposta, o governo chinês tem incentivado práticas educacionais sobre casamento e família, buscando garantir a sustentabilidade econômica e social no futuro próximo.