A China aumentou sua meta de produção anual de grãos para cerca de 700 milhões de toneladas métricas em 2025, elevando também o orçamento destinado a estoques agrícolas em 6,1% em comparação ao ano anterior, somando 131,66 bilhões de iuans (US$ 18,12 bilhões). Esse movimento visa garantir a segurança alimentar, enquanto o país busca reduzir sua dependência das importações, especialmente dos Estados Unidos e do Brasil, que são seus principais fornecedores. A produção doméstica de grãos foi ampliada após uma colheita recorde no ano passado, e o governo também destinou subsídios de 54,05 bilhões de iuans para seguros agrícolas.
Além disso, a China está promovendo um apoio maior aos setores de gado e laticínios, que enfrentam desafios de excesso de oferta. O país também está avançando na construção de instalações de armazenamento de grãos, algodão, açúcar, carne e fertilizantes, visando melhorar a conectividade e o abastecimento de alimentos. Este aumento no orçamento faz parte de uma estratégia mais ampla para evitar quedas significativas nas reservas de alimentos e proteger a segurança alimentar frente a desafios geopolíticos, como a crescente guerra comercial com os Estados Unidos.
Em termos de políticas agrícolas, a China expandirá o cultivo de sementes oleaginosas, estabilizará a produção de açúcar, algodão e borracha natural, além de implementar uma política de preço mínimo para arroz e trigo. O país também intensificará o uso de rações alternativas na alimentação animal para reduzir a dependência de grãos importados e expandirá a cobertura de seguros agrícolas para a soja. Estas medidas são parte do esforço da China para fortalecer sua autonomia no setor agrícola e mitigar impactos de tensões comerciais internacionais.