Militantes curdos que mantiveram um conflito de 40 anos com a Turquia declararam um cessar-fogo no sábado, 1º, o que pode ser um passo significativo para a resolução do impasse. A trégua ocorre após um apelo de um líder curdo, preso desde 1999, que sugeriu o desarmamento do grupo. Este é o primeiro sinal de progresso desde que as negociações de paz entre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o governo turco foram interrompidas em 2015. A declaração do PKK foi divulgada por meio de um comunicado, no qual o grupo enfatizou que apenas reagirá se for atacado.
A declaração de cessar-fogo também é vista dentro de um contexto de mudanças políticas e sociais no Oriente Médio. Além disso, o movimento curdo parece estar alinhado com a busca por uma nova era de paz, tanto para o Curdistão, uma região dividida entre vários países, quanto para o Oriente Médio como um todo. O grupo exigiu que o líder curdo, Abdullah Öcalan, fosse libertado para liderar pessoalmente os próximos passos do processo de desarmamento, reforçando a ideia de que é necessário um novo compromisso político para que a paz seja alcançada.
Por fim, o governo de Recep Tayyip Erdoğan vê o cessar-fogo como uma oportunidade para fortalecer a estabilidade interna, especialmente com foco na revisão constitucional e em garantir apoio político entre a população curda. O presidente turco destacou que o momento poderia representar uma chance histórica para superar divisões de longa data, e que novas reuniões entre as autoridades turcas e os representantes curdos poderiam trazer avanços concretos nos próximos meses.