A 22ª edição do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, realizada no Senado, homenageou 19 personalidades que se destacam na defesa dos direitos das mulheres. A premiação reforçou a urgência de políticas públicas para garantir maior representatividade feminina em espaços de poder e combater a violência de gênero. Entre as homenageadas, estão representantes de diversas áreas, como política, ciência, judiciário e cultura, que compartilharam experiências de resistência contra machismo, racismo e desigualdade estrutural.
As senadoras presentes destacaram a subrepresentação feminina no Parlamento, onde mulheres ocupam menos de 20% das cadeiras, apesar de serem mais de 52% do eleitorado. Foi mencionada a proposta de criar cotas mínimas para participação feminina no Legislativo, além da necessidade de enfrentar retrocessos, como o corte de 68% no orçamento destinado ao combate à violência contra a mulher em 2025. Dados alarmantes sobre feminicídios e violência doméstica no Brasil foram citados, reforçando a importância da luta por direitos básicos.
A cerimônia também celebrou o legado de Bertha Lutz, pioneira do feminismo no Brasil, que lutou pelo voto feminino e pela igualdade de gênero. As homenageadas, incluindo empreendedoras, acadêmicas e ativistas, foram reconhecidas por suas contribuições transformadoras. O evento serviu como um chamado para que mais mulheres ocupem espaços de liderança e continuem a batalha por equidade, inspiradas pelo exemplo das premiadas.