Há dois meses, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, defendia a política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, minimizando seus impactos. Na época, Dimon considerava que as tarifas não teriam grande efeito sobre o comportamento do consumidor médio, mas destacava que a incerteza gerada pela política poderia afetar negativamente as empresas. No entanto, diante da volatilidade nos mercados e das consequências econômicas, o tom de Dimon mudou. Ele alertou que a incerteza provocada pelas tarifas pode ser prejudicial para o ambiente de negócios.
O impacto das tarifas impostas por Trump tem gerado discussões no setor financeiro, com a imposição de taxas sobre o aço e o alumínio importados. A medida tem como objetivo fortalecer a indústria americana e combater questões como imigração ilegal e contrabando de fentanil, mas também gerou receios sobre a alta dos preços, desde alimentos até imóveis. Enquanto o mercado de ações recupera parte das perdas, o S&P 500 ainda apresenta queda significativa, refletindo o impacto das tarifas na economia global.
Outros líderes empresariais, como Larry Fink, CEO da BlackRock, também expressaram preocupações sobre os efeitos negativos das tarifas sobre a economia. Fink afirmou que as tarifas podem enfraquecer a economia no curto prazo, embora reconheça que, no longo prazo, as políticas do governo Trump poderiam trazer benefícios, especialmente se resultarem em tarifas recíprocas. O debate continua sobre os efeitos da guerra comercial, com os líderes empresariais divididos entre a cautela imediata e a esperança em um cenário mais favorável no futuro.