No dia 4 de março de 2025, centrais sindicais divulgaram uma nota exigindo o fortalecimento da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e a destinação de mais recursos para o colegiado. O movimento destaca a importância do governo brasileiro se empenhar em apoiar as famílias das vítimas da ditadura militar, que ainda enfrentam o sofrimento de não poderem viver o luto de forma digna. A nota também faz referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, que trouxe à tona o debate sobre os desaparecidos durante o regime militar, evidenciando a luta das famílias, como a de Rubens Paiva.
A CEMDP foi recriada em 2024 pelo governo federal, após a sua extinção em 2022. Apesar da reinstituição, a comissão ainda enfrenta restrições orçamentárias que limitam seu trabalho de identificar os restos mortais das vítimas e de avaliar as indenizações de suas famílias. A nota das centrais sindicais ressalta a importância de uma ação mais robusta do governo para resolver essa questão histórica, destacando a necessidade de investigar e punir os responsáveis pelos crimes do período da ditadura.
As centrais sindicais expressaram apoio às famílias afetadas e enfatizaram a relevância de revisar e ensinar a história recente do Brasil, para que as novas gerações possam compreender e reconhecer os erros cometidos pelo Estado. A nota também reiterou a importância de não conceder anistia a pessoas envolvidas em crimes de repressão durante a ditadura militar, defendendo a justiça como um passo fundamental para a construção de uma democracia sólida.