O surto de sarampo que começou no oeste do Texas em janeiro continua a se espalhar, com os casos nas duas regiões dos Estados Unidos subindo para 294 até sexta-feira (14). O aumento inclui 174 casos no condado de Gaines, epicentro do surto, e 35 casos no Novo México, com 33 dos casos registrados em um único condado. O surto já levou à hospitalização de 34 pacientes no Texas, enquanto um total de 285 casos de sarampo havia sido registrado nos EUA no ano anterior, conforme dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Em fevereiro, o surto resultou na morte de uma criança não vacinada no Texas, a primeira fatalidade relacionada à doença nos Estados Unidos desde 2015. Além disso, uma investigação está em andamento sobre a morte de um adulto no Novo México. A crescente preocupação com a propagação do sarampo, aliada ao aumento do número de casos, está colocando à prova as políticas de vacinação nos Estados Unidos, especialmente diante de declarações de figuras públicas sobre os benefícios da imunização. Embora as autoridades de saúde afirmem que a vacina MMR (sarampo, caxumba e rubéola) seja crucial para a prevenção, a resistência à vacina continua a ser um desafio.
O surto também levanta questões sobre a eficácia e os efeitos da vacinação. O Departamento de Saúde do Texas identificou que a grande maioria dos casos envolveu pessoas não vacinadas ou sem histórico de vacinação documentado. No entanto, um caso foi retirado das estatísticas após confirmação de que a pessoa estava sofrendo uma reação à vacina e não uma infecção. O aumento de casos no estado e no Novo México gerou inquietação sobre a expansão do surto para outros locais, enquanto especialistas observam com cautela os próximos passos no controle da situação.