Durante a partida entre Palmeiras e Cerro Porteño pela Copa Libertadores Sub-20, realizada no Estádio Gunther Vogel no Paraguai, os jogadores brasileiros Figueiredo e Luighi foram vítimas de racismo por parte da torcida adversária. Aos 36 minutos do segundo tempo, enquanto saíam de campo após substituições, ambos foram alvo de gestos imitando macacos, com Figueiredo alertando a arbitragem, mas sem que a situação fosse resolvida ou o jogo paralisado. A ignorância da arbitragem diante das ofensas deixou os atletas visivelmente emocionados, especialmente Luighi, que chorou no banco de reservas.
Após a partida, Luighi, revoltado, questionou os jornalistas pela falta de perguntas sobre o ato de racismo e clamou por justiça, ressaltando que o ocorrido foi um crime. A indignação do jogador reflete o crescente descontentamento com a tolerância da violência racial no futebol. Em campo, o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0, com gols de Erick Belé e Riquelme (duas vezes), mas o resultado foi marcado pela dor emocional dos atletas.
O Palmeiras se posicionou publicamente contra o ato de racismo, expressando solidariedade aos jogadores e afirmando que tomará as medidas necessárias para garantir punições aos responsáveis. A instituição também denunciou o racismo como um crime e criticou a impunidade, reafirmando seu compromisso com a justiça e o respeito aos direitos humanos. A postura do clube reflete a crescente necessidade de medidas efetivas no combate à discriminação no esporte.