Calin Georgescu, candidato independente de direita à presidência da Romênia, foi impedido de disputar as eleições de maio de 2025 pela Comissão Eleitoral Central (BEC), que não explicou oficialmente os motivos para a rejeição. A decisão foi tomada após alegações de que Georgescu teria recebido apoio do governo russo durante sua campanha online. O candidato tem 24 horas para apelar da decisão. Em resposta, Georgescu criticou o ato como um ataque à democracia e afirmou que a Europa está se tornando uma ditadura.
Georgescu havia vencido o primeiro turno das eleições presidenciais em novembro de 2024, mas o resultado foi posteriormente anulado pelo Tribunal Constitucional, após acusações de interferência russa e irregularidades no processo eleitoral. Documentos do Conselho de Segurança da Romênia sugeriram ataques cibernéticos, e o governo afirmou que a plataforma TikTok teria impulsionado a campanha do candidato de maneira irregular. A recontagem dos votos do primeiro turno foi solicitada, mas o tribunal voltou atrás e anulou a eleição.
Além disso, Georgescu é criticado por seu apoio a líderes fascistas romenos da década de 1930 e por defender uma maior aproximação com a Rússia. Com 5% nas intenções de voto nas pesquisas, o candidato surpreendeu ao obter 22% no primeiro turno, o que o colocou em uma posição de destaque no pleito, antes de a eleição ser invalidada. A situação gerou repercussão internacional, com Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), comentando a decisão como um ato “absurdo”.